Olá pessoal que ainda lê meu blog, tu bem? Eu hoje irei expor longamente vários motivos pelos quais deixarei de aboradar assuntos antigos do meu blog. Talvez, seja um choque, mas muito dos assuntos recorrente aqui que antes eram abordados deixarão de figurar neste espaço que tenho preenchido com textos por quase dois anos. É óbvio que com muitos hiatos, pois eu escrevia para outros blogs e uma página que me deu muito prazer, mas que abandonei pelos motivos, já expostos. Hoje irei dar um banho de água fria nos leitores e expor sinceramente o porque de eu ter abandonado tantos projetos. Esta decisão correu o pequeno mundinho pelo qual o blog passa: pela boca dos meus parcos leitores. Então, para quem não acessa ou chegou aqui por meio de qualquer outro meio, talvez, vá querer tirar sua carroça daqui diante da novidade chocante, mas eu não vou mais falar diretamente de anime por aqui. Acho que como sempre vou gastar mais saliva do que deveria com um fato simples. O blog é meu e não tenho tanta gente que acompanha o espaço aqui com afinco, mas é um bom motivo para deixar registrado o porque desta decisão. Acho que é uma decisão válida por vários motivos. Eis alguns dos mais significativos e expressivos:
1 – Nova vida. Eu havia exposto que estava concentrado na minha vida acadêmica, no meu trabalho e não teria mais motivos para postar me outras páginas por conta de ter espaço para mim e não para esses objetos que não correspondem ao meu dia-a-dia, e , sim tentar resolver os meus problemas e me afastar da ficção e me dedicar àquilo que é sério. Meia-verdade, mas bastante verdade. Eu explico: de fato eu tenho tido menos tempo para essas coisas, mas a verdade é que eu tenho acompanhado pouca coisa e depois de 15 anos acompanhando animação japonesa ela foi perdendo a graça por ser muito repetitiva. Ela perdeu bastante do frescor dela. Mesmo a literatura perde o se frescor. Ainda mantenho saudades de muitas coisas, mas eu odeio manter esse atrelamento pelo passado e explorar esse matagal de novas animações me trouxe uma frustração: isso não é arte. Não à princípio. Pode ser arte pelo diretor, mangaká certo, as é acima de tudo entretenimento. Entretenimento que pode ser mal ou bom. De qualquer modo essa é apenas parte da justificativa em si.
2 – Gastar tempo demais com algo que preciso escrever sobre mesmo tendo nada ou quase nada à dizer sobre aquilo. Eu vejo a animação e obra e a única coisa que posso dizer com toda certeza é: “Legal, foi da hora” e tendo que me estender demais sobre algo que nem sempre eu tenho algo à falar forçando uma verborragia desnecessária que soa falsa, obviamente. Quando não há oque se falar faal-se mal. Defeitos todos encontram e eu poderia, sim, tentar ir por outro caminho falando das proposições de cada público, mas só que esse estilo de postagem não me interessa e consome tempo demais. Eu acabava mais passando o tempo planejando do que propriamente me divertindo.
3 – Mudança de perspectivas e objetivos. A gente vai ficando mais velho e, consequentemente, aguenta menos certas situações, públicos, atitudes e mesmo expectativas. No caso eu não queria escrever para os outros e isso acabou culminando no meu abandono do meio otaku por não aguentar a imaturidade do público e a extrema insensibilidade deles para textos, arte e etc. É fato: o público otaku BR é ignorante demais o que torna o meu discurso em polado alvo de chacota ou hermetismo para gente com pouca vivência com arte. Essa desunião entre objetivos, expectativas e identificação com o público que me levou ao abadono de muitos blogs e páginas.
4 - A novidade é o que manda. Nem tudo que é novo é bom e em animação Japonesa isso é verdade e falar apenas de novidades (como eu optei pela minha abordagem nos textos em outras páginas e os temas recorrentes) reduziu minha possibilidade de voltar no tempo ou falar de outros mangakás.
5 – Só a obra. Foda-se a biografia, as informações relevantes ou mesmo outros aspectos exteriores. Nós temos a wikipedia. Até certo ponto essa abundância de informações e gente que ia atrás dessas coisas mais do que ler os mangás me forçava a ter apenas contato com a obra. É bom por um lado, mas extremamente limitador e a repetição de várias obras ou mesmo obras fantásticas cuja avaliação não passava de duas linhas porque era difícil avaliar tudo sem revelar roteiros ou só passar pelo elogio sistemático daquilo que me agradava e que me fazia repetir e bater nas teclas dos bons animes torna essa crítica pouco sistemática e muito repetitiva. Então, eu estava cansando e cansei de ler muitas obras que nem o primeiro capítulo que achava interessante por ter apenas mais do mesmo. Referir-se ao primeiro motivo.
6 – Facebook não é lugar para textos e nem debates É mais uma insatisfação com a plataforma e o hábito da nova rede social do momento. Debater e expor opiniões por lá é querer arranjar briga e ser odiado, portanto, além da pouca visibilidade eu era mal visto por escrever textos grandes e ter pouquíssima repercussão se eu não colocasse uma imagem boa. O feedback por meio de likes e compartilhamentos é pior ainda. ele não diz nada e pouco mostra um diálogo. palavras são o melhor modo de se comunicar, mas no face escrever é sinal de que você não sabe usar a interface. Simplesmente cansei dessa atitude agressiva dos outros.
7- Japão não é só anime! Parece que essa frase virou mote de muitos, mas poucas pessoas pegam Yukio Mishima para ler, conhecem Yasunari Kawabata, tocaram em algum filme do Kurosawa ou Kenji Mizoguchi, já pegaram uma peça de no moderno para ver no youtube. O otaku padrão não tem saco para isso e o pseudo-intelectual de animê não vê essas coisas porque não dá texto e, provavelmente, ele não tem conhecimento real sobre a história do Japão, da arte em si e nem dinheiro ou disponibilidade para sair do conforto de uma desenho que questiona a vida por meio de debates feitos apenas como rascunhos de debates filosóficos. Ou pior ele defende o mangá del como a única arte possível apenas demonstra interesse pelo mangá porque ele domina esse assunto que é, aparentemente, mais conveniente. Sai muita porcaria na indústria. Falar mal te torna crítico com relação ao objeto. Já, para aprender a tradição você precisa de humildade. Um verdadeiro ADM ou CDC pseudo-intelectualizado não vai ler a Íliada, não vai atrás de Genji monogatari, não irá tentar ver gravuras ou mesmo ver filmes parados que fujam ao Japão plenamente moderno. É muita novidade e nem sempre falar disso cria fama. Portanto, como poucas pessoas falam disso e muitas pessoas querem procurar arte em um mercado de entretenimento eu resolvi tomar essa parte daqui para mim. ninguém quer saber e eu posso escrever para mim e não para os outros.
E os rumos do blog?
O blog falará sobre cinema asiático, livros, história do japão (quando possível), e, sim, continuará falando de anime e mangá como um assunto recorrente, mas não mais com tanta seriedade. O meu fôlego maior vai para os outros assuntos e o anime e o mangá ficam como eles devem ficar: como diversão. Quem sabe, quando eu encontrar algo mais interessante eu não fale me termos mais sérios deste ou daquele animê.
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