Podem me chamar de ingrato, de doente, de besta ou do que quiserem, mas eu vou ser sincero que é um pouco demais estar trabalhando à tanto tempo e só agora estar recebendo condições adequadas e chance de desenvolvimento pessoal, mas o que me irrita não é a empresa (quero dizer a parte que cuida do pedagógico); porém é a pressão exercida por cargos administrativos em si. É certo que com 25 anos é um tempo bem longe do ideal para começar a trabalhar, mas é péssimo notar como a progressão de dois anos atrás com agora se deu pessoalmente e não na carreira.
Avaliando friamente esse período tem sido bem duro e insatisfatório com relação à quantidade de problemas que a profissão tem e outros problemas concernentes à certas atitudes da empresa com os funcionários. Claro, o cliente em primeiro lugar. O problema é quando se institui com certa franqueza uma atitude hostil com relação ao professorado. Melhor do que em escolas públicas (um lugar que eu não vou trabalhar por não ser louco. É lá que precisamos de hróis. Pois bem, que os heróis lá morram na miséria e no anonimato. Um serviço público ou cria vilões ou martíres como a história prova). Não há exceções. Ou mesmo cometas potentes que acabam sendo extinguidos por outros menos valorosos. Além do que não sei nem se eu seria bem sucedido. Prefiro ser modesto e comum. AH, que deprimente, um professor! Uma mulher tbm deve se doar e outras tantas ladainhas que nem sempre fazem a pessoa mais feliz. Pontos de vista extraídos de fábulas e histórias da carochinha.
O maior herói Grego não se doou à nação e sua glória foi cantada em termos de fúria e não de doação. Poupem-me de sua cristandade efêmera que quer se dizer eterna, complacente e universal. Odeio-vos! Não é pela comiseração, pela redução de minha potência que eu quero ser reduzido à um nada pelo bem de ser cantado, afinal, a realização precisa ser pessoal. Se doar e se sacrificar em prol do que? De um valor e um produto e algo que não me dará atitudes melhores para com minha pessoa? Respeitar funcionários que mal olham na minha cara por eu fazer parte de uma pequena burguesia e ser reconhecido como um fidalgo falido que mal consegue suster suas próprias pernas? Um parasita que nunca estudou e não é economista e nem advogado?
Um freelancer mal visto pela sociedade e isolado pelos demais e ignorado? Passei da fase de criança que acha que ser acolhido pelos outros dá algo de positivo ao meu ser. Esse gosto cítrico e essa melancolia tem na verdade origem no sistema de educação. “Ah. lá vem o professor falando sobre estado e alunos compromissados. Bla blá Whuskas sachê.”
1 – Compromisso, comprometimento e cobrança não são ruins e devem ser cobrados. Isso evita a postergação e o pouco caso com a escola
2 – Isso dá mais aval aos alunos serem ouvidos e eles se tornam mais ativos e presentes em si
Porém, esse tipo de abordagem não vem de uma escola financeiramente compromissada com seus alunos. Ou pelo menos não deveria ser assim. Há métodos, meios e outras coisas. Estes dois pontos positivos não são advindos da comercialização do ensino. Essa “comercialização” , é fato, é uma desculpa bem tosca dada por doutores mais preocupados com suas pastas, teses, doutorados e conhecimentos que relegam aos alunos a posição de subalternos. Este é um discurso venenoso que faz com que todos os professores sejam enxergados como pouco aptos. Muito similarmente à classe política em si que é mal vista mesmo por pessoas mais cultas. Em geral, professores são vistos como preguiçosos, relapsos, pouco afeitos ao pensamento, pouco aptos a seguir outras carreiras e demasiadamente demagógicos e procrastinadores, etc. Do outro lado alunos são vistos como maldosos, ruins, pouco afeitos ao estudos, mas são vistos como vítimas de um sistema educacional injusto e a figura motora disso tudo é o professor que passa por santo na idealização e idiota diante da sociedade em realidade.
Em verdade, esta é uma profissão infeliz e conseguir sucesso financeiro nela é de um índice baixíssimo, quase impossível. Um conforto meio transitório e muito stress. Na maioria das vezes quando a exigência de não dormir e não conseguir trabalhar e se doar 100% do tempo é atingida vc é mal visto, mas é fácil mentor porque o que importa são resultados. Questão encerrada. Não precisa ficar à flor da pele com relação aos alunos e o que eles dizem. Apenas faça. Essa indiferença tbm é crítica entre a estúpida comoção do educador versus o professor dando uma dicotomizarão que não necessariamente atinge as exigências de empresas. Afinal, a empresa é um órgão, os funcionários as suas células e existe uma ordem de mando e o professor é igual à classe média. O sustentáculo dum sistema quase falido e o culpado segundo todos.
Ele é quem cria valor, mas é visto como funcionário menor. Não, o professor não é mártir. Ele de fato é medíocre. Tanto se fala, e tanto se contribuí para isso que o esmagamento dele é tamanho que nem heróis e nem ser humano, mas livro ele é. “Espera, livro? Matem-no. Hahaha Cultura não trás dinheiro”. Como dizia certo colega que dizia que consumia seus dias em mal dizer a meus atos e sempre queria me atacar por ter vontade de me tornar seu alvo de flechas bem guarnecidas do veneno daquele que só sabe esbravejar acusações por um ódio que não entendo porque existia. Ódio reprimido por algum motivo que este néscio sabe e não me importa.
Esta situação se estende de maneira que estas glórias (quais glórias) citei alguma com relação à isso? Acho que não, mas suponhamos glórias ao professor. Afinal, a ordem das escolas permite dizer que ele é o rei e o comandante. Quase um rei medieval, sentado em um timão que gira a vela do barco. “Tchi BUM! Lá se vai o professor, peguem os cacetes e batam nele. Exijamos nossos direitos. Faremos dele herói ou nosso pequeno escravo pessoal. AGORA!” Outro diz: “Vende tomati que nóis ganha mais do que estudando aqui.” Outro se pronuncia de maneira similar ao dizer: “Estudar, vou é ser presidente.” Outro ainda oslta a plenos pulmões, “que seja feita vossa vontade e vamu tudo pra internet”.
A educação e a escola sucateadas e o processo de um ststus quo siimilar ao modernismo ou romantismo (um enfado tremendo quanto à repetição dos fatos e dos modi poerandi de uma nação). Os inúmeros chavões e a falta de pensamento apropriado sobre tais coisas. “Queira ter opinião, na casa do caralho”. – Via Facebook “Mostre atitude, não fale. Me dê dinheiro.” – O grande irmão chamado Facebook tbm diz pela língua dos seus arautos da ignorância. Animais, animais e mais animais é o que vejo.
Anti-paladinos os somos todos porque de heróis e de não-heróis é a perversidade que nos separa. Ou a falta de dinheiro, mas este é um problema que vou deixar aos grandes literatos. Sou cronista bem pequeno e não exerço uma categoria diferenciada de escrita do gênero Brasilero. Afinal, é mais fácil falar sobre mesas de bar e burros do que tentar criar histórias modernistas ou supostamente inovadoras. Caímos menos no rídiculo. Ou pelo menos não parecemos tão modernistas ao nos mantermos cronistas. A mediocridade realmente é uma benção.