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Channel: Otaku velha-guarda
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Life… Is going on…

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É um pouco triste admitir isso, mas estou me acostumando com a ideia de ser solitário de novo. Já não sofro tanto quanto eu era criança, mas isso não significa que eu não queira contato humano. É engraçado notar que voltei a não querer mais tanto contato humano por achar uma dose muito grande dele (sem medida) dolorosa. As relações no trabalho parecem efêmeras e muitos colegas já se foram de vez. Outros tenho a impressão desaparecerão em breves instantes. A expressão “relação de trabalho” faz ter enjoos fortes. Sério, eu tenho medo destas duas palavras juntas. Muitos amigos tem se distanciado e, sim, eu tenho experimentado o que chamam de solidão verdadeira. Tenho tentado combater isso com todas as minhas forças, mas anda sendo difícil nesse começo de carreira cuidar disso. Dramas adolescentes ou mensagens de amizade me parecem ruins. Engraçado que cair é rápido. Vc não sente tanto a queda, mas para se levantar. Foram 3 meses de luta para me reerguer e parecem anos de luta porque muitas vezes eu estou  sem o que fazer. Sinto que gostaria de trabalhar durante anos e só depois me lamentar que não tive uma vida, mas isso me parece uma saída fácil e mesquinha e que irá me trazer problemas no futuro bem mais sérios do que um pouco de dinheiro.

Meus pais estão envelhecendo e eu me sinto cada vez mais assustado com a perda deles e a possibilidade de ficar sozinho. De fato eu preciso me mover para ver o que farei, mas se não conseguir nada me resta o contentamento silencioso de um homem solteiro. o que me restará provavelmente será o trabalho e os estudos. terei de encontrar forças e sentido nisto. A verdade é que não ser mais criança me assusta, mas ter muito tempo livre mata minha disposição.  Me irrita a falta de postura de certos colegas, de maturidade, de perspectivas de vida, de projetos e etc. Isso porque eu fiz muito amigos que tinham os mesmos gostos, mas suas realidades financeiras, intelectuais, projetos, ilusões e mundinhos eram bem particulares. Convivi com gente que nem sempre me fez bem mesmo gostando delas. Certos problemas acabaram se transferindo para a minha pessoa e eu estava tentando achar um sentido na falta do que fazer. Minha adolescência foi tão movimentada que acabei me viciando nela. mesmo quando eu estava na faculdade (plenamente satisfeito) eu estava longe de videogames, televisão, perto dos estudos e aproveitando todo o tempo que não aproveitei no colégio. Estava vivendo o que não consegui viver. (Em partes, porque mesmo fora do colégio eu vivi muito bem, obrigado). Estava em meu ápice, mas enfim eu não quero estender o resto das considerações para ladainhas, portanto, basta o que eu disse aqui. 



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